Por que queremos morar na Itália?
Morar na Itália é o sonho de muitos brasileiros, por diversas razões.
Como muitos de nós somos descendentes de italianos, a cultura italiana ainda faz parte das tradições das nossas famílias – seja o almoço da nonna aos domingos, o avô que nos ensinava italiano quando éramos pequenos ou simplesmente a saudade da antiga pátria que ainda está presente na família.
Alguns de nós querem passar uma temporada no país para aprimorar o idioma, conhecer melhor a terra dos antepassados ou adquirir a cidadania italiana para morar na Itália.
Outros talvez não tenham nenhum vínculo familiar com a Itália, mas se apaixonaram durante férias pelo país. Com certeza não faltam motivos – cultura, culinária, la dolce vita…e muito mais!
Nas próximas linhas segue um brevíssimo resumo sobre o país, para que você possa descobrir mais sobre a Itália.
Como a Itália se tornou a Itália que conhecemos
Desde a cultura etrusca, a Itália ocupa um lugar importante na história da humanidade. A península foi o palco da ascensão e da queda do Império Romano (do Ocidente). Na Idade Média viu o seu território dividido em vários Estados e Cidade-Estados. Em 17 de março de 1861, finalmente se reuniu como Estado unitário – quando nasceu a Itália como a conhecemos.
Hoje, com seus mais de 60 milhões de habitantes, é a quinta nação mais populosa da Europa. O Estado italiano exerce um papel-chave nas relações internacionais e dentro da União Europeia. A Itália faz parte do G7 e está entre os 10 países com maior PIB nominal mundial.
Consequentemente, o país oferece um dos mais elevados padrões de vida para os seus habitantes.
Além da sua vasta história, a Itália acumulou um patrimônio cultural impressionante.
Desde o nascimento da literatura latina, com escritores como Horácio, Ovídio e Lívio, a literatura italiana se posicionou entre as mais influentes do mundo.
Dela nasceram obras atemporais como a Divina Comédia de Dante Alighieri e O Príncipe de Nicolau Maquiavel.
Muitas das pinturas mais famosas da história foram criadas por pintores italianos como Sandro Botticelli e Leonardo da Vinci durante o Renascimento.
Sendo o Renascimento Italiano, considerado por muitos, o auge da pintura.
Na mesma época, o mundo viu nascer as obras de compositores como Monteverdi e Vivaldi.
A economia italiana
A Itália de hoje continua sendo um dos grandes centros culturais, e ainda oferece muito mais.
Sendo um dos países mais industrializados do mundo, a economia italiana se caracteriza como uma economia industrial altamente desenvolvida. Especialmente o norte do país conta com a presença de inúmeras empresas do setor privado e é o motor da economia italiana.
Além de ter um alto PIB per capita, a Itália também tem historicamente uma taxa de desemprego abaixo da média da União Europeia.
Apesar de Roma ser a capital do país, a sede do governo e o centro turístico mais importante da Itália, Milão se destaca como o centro financeiro do país e como uma das cidades mais importantes dentro da UE. No passado, a sua área metropolitana, onde vivem mais de 7 milhões de pessoas, já foi a área com o maior PIB da Europa.
O setor primário respondeu nos últimos anos por menos de 5% do PIB italiano, enquanto o setor secundário representou mais ou menos um quarto do PIB. Sendo assim, o setor terciário corresponde por dois terços do PIB do país. Dentro desse setor, o turismo representa a maior fatia.
A Itália geralmente se posiciona entre os Top 3 ou Top 5 dos países mais visitados do mundo, o que resulta em uma grande diversidade de empregos no setor turístico.
Dívida pública
Mesmo com uma economia forte, o país acumulou, através de elevados gastos públicos, uma grande dívida pública durante as últimas décadas, que hoje equivale a 132% do seu PIB (dados de 2019) e fica, assim, somente atrás da Grécia dentro da zona do Euro.
Enquanto a sua renda per capita média se compara a de outros países importantes da União Europeia como Alemanha e França, a divisão dentro do país mostra uma enorme desigualdade econômica, na qual o norte excede, em muitos casos, a renda média da UE, enquanto o sul do país depende de subsídios públicos e tem uma alta taxa de desemprego e de emprego informal.
Segurança
Em termos gerais, a Itália é um país bem seguro e não violento.
No Índice De Paz Global 2019, que analisa a segurança geral de 163 países ao redor do mundo, a Itália ficou no 39° lugar. Enquanto a taxa de homicídio do planeta em 2019 era de 6.1 homicídios entre 100 mil habitantes, a Europa registrou uma taxa de 3. Já na Itália, a taxa registrada era de 0.6 (o Brasil, em comparação, registrou uma taxa de 24.7 a cada 100 mil habitantes no ano de 2018).
A Itália oferece uma segurança elevada aos seus habitantes em geral, mas o norte costuma ser mais seguro que o sul e nas maiores cidades os índices de violências são maiores que em cidades menores ou rurais.
Saúde a educação
A saúde pública italiana é organizada pelo SSN, o Servizio Sanitario Nazionale. O SSN constitui um sistema misto, sendo ele financiado pelo dinheiro público e pela contribuição privada.
Qualquer cidadão italiano e qualquer residente tem acesso ao sistema, que se caracteriza pelo seu alto padrão, considerado entre os melhores da Europa e do mundo.
O sistema educacional é gratuito para todos os residentes do país e se divide em (pelo menos) três fases: ensino infantil, educação primária e ensino secundário, enquanto o secundário se divide entre o liceu e entre istituo tecnico, que preparam os alunos para a universidade ou para o ensino profissional respectivamente. As faculdades da Itália se dividem, como no Brasil, entre as faculdade públicas e privadas.
Apesar do poder econômico do país e de sua história riquíssima, tanto as escolas quanto as universidades estão ficando atrás nos rankings escolares europeus e mundiais. Muitas vezes até lutam para se manter dentro da média da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
O país enfrenta especialmente uma grande discrepância entre as escolas do norte e do sul, sendo as escolas do norte superior às do sul.
Conclusão – Vale a pena morar na Itália?
A Itália é um país com uma forte presença no cenário internacional. Ela oferece oportunidades a quem as busca e garante uma vida de alto padrão aos seus residentes. No entanto, também tem alguns pontos a melhorar. Mas e aí, que país não tem?
Com certeza, os pontos positivos superam os pontos negativos. Assim, morar na Itália traz muitas vantagens, especialmente para quem procura uma vida confortável, estável e com segurança. As exigências, porém, podem variar e cada um de nós tem as suas próprias necessidades.
Se o seu sonho é morar na Itália e você decidir vir morar aqui, então tenha certeza da sua decisão e confie nela. Se prepare para dar esse passo, confie nas suas habilidades e siga o seu caminho. Afinal, como diz o ditado:
Um pássaro que repousa numa árvore nunca teme que o galho quebre, porque a sua confiança não é no galho, mas nas suas próprias asas.
Se ainda tiver dúvidas e precisar de mais algumas informações sobre como é morar no país, dê uma olhada nos outros artigos no site e descubra como que é a vida lá na Itália!
