A bandeira italiana é provavelmente uma das mais conhecidas do mundo. Neste artigo te contaremos a história por trás dela.

Ao longo da nossa história como seres humanos, quase sempre usamos algo para criar um símbolo que nos identifique com o grupo ao qual pertencemos. 

Na época clássica era comum usar estandartes, depois vimos os diferentes brasões de clãs e famílias na idade média e afinal as bandeiras, que são usadas hoje em dia por todos os países ao redor do mundo. 

A bandeira dá identidade a uma nação e representa sua cultura, crenças e valores que seus cidadãos compartilham. 

Com certeza você já deve ter visto a bandeira da Itália, mas você sabe o que ela representa e como ela surgiu? Venha descobrir no nosso artigo sobre a história da bandeira italiana.

Os inícios da bandeira italiana

A primeira versão da bandeira italiana tem origem há mais de 200 anos. Para ser mais exato, em 1797.

Durante o final do século XVIII, boa parte da Itália estava sob o domínio das tropas francesas, lideradas por Napoleão Bonaparte. O imperador dividia as diversas regiões italianas em diferentes repúblicas, antes de uni-las no seu Reino de Itália.

A Legione Lombarda, um grupo militar da República Transpadana (composta pelo Ducado de Milão, Ducado de Mântua e partes ocidentais do Vêneto), usava uma bandeira tricolore (de três cores) como sua bandeira. Ela era composta de três bandas (faixas) verticais nas cores verde, branco e vermelho.

A popularidade dessa bandeira cresceu rapidamente e logo as legiões do exército da vizinha República Cispadana (formada pelas províncias de Bolonha, Ferrara, Régio e Módena) também a adotou como bandeira.

Foi a República Cispadana que a tornou pela primeira vez um símbolo de Estado, ao escolhê-la para representar sua república. As bandas, porém, estavam arranjadas em uma orientação horizontal. 

Ainda em 1797, as duas Repúblicas se juntaram formando a República Cisalpina e o formato da bandeira voltou ao formato vertical original. Contudo, a República Cisalpina durou pouco e junto com a república, a bandeira encontrou o seu fim em 1802.

A volta da bandeira italiana

Em 1848, o Reino da Sardenha, na época composto pelo noroeste da Itália e pela ilha da Sardenha, resgatou a tricolore do esquecimento e a escolheu para representar o seu reino. A partir de então, a bandeira nunca mais ia perder seu lugar na história italiana. 

Após a unificação da Itália em 1861, liderada pelo rei Vittorio Emanuele II, a bandeira se tornou o símbolo do recém-nascido Reino de Itália.

A última mudança ocorreu no fim do Reino de Itália em 1946, quando o brasão na bandeira foi retirado. Desde então, a bandeira voltou ao seu formato original de mais de 200 anos atrás – três bandas verticais nas cores verde, branco e vermelho.

E o que representam as cores?

A teoria mais aceita vê as origens na bandeira da Legione Lombarda, mencionada no começo do artigo. Ela diz que a bandeira do grupo militar representava as cores da cidade de Milão – o branco e o vermelho. Já o verde, a terceira cor da bandeira, representava a cor de seus uniformes.

Contudo, a semelhança entre a bandeira italiana e a bandeira francesa é inegável e os historiadores veem claramente uma forte influência no seu desenho pela bandeira do vizinho.

A única diferença, de fato, consiste na banda da esquerda. Enquanto ela é azul na bandeira francesa, a versão italiana traz uma banda na cor verde.

Esse fato combina com uma outra teoria, que vê a inspiração da bandeira italiana nos acontecimentos de agosto de 1789 em Gênova, hoje capital da Ligúria.

Segundo relatos, no dia 21 de agosto daquele ano, manifestantes demonstraram apoio à Revolução Francesa com laços nas cores verde, branco e vermelho. O verde, porém, foi escolhido por engano em vez do azul, que compunha a tricolore da Revolução.

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