Existem produtos italianos típicos e muito especiais, uns são produzidos apenas de um modo específico e em uma região muito particular. Descubra essas especialidades mais do que exclusivas!

Você já deve ter percebido que quando compra certos produtos, como um queijo parmesão, na embalagem está escrito “queijo tipo parmesão”.

Mas o porquê desse “tipo”? O queijo não é parmesão? A resposta é não, o queijo não é parmesão, mas ao mesmo tempo é.

Da mesma forma, você já reparou em produtos que têm escrito DOP na embalagem?

Vamos descomplicar as coisas. Seguindo com o exemplo, um queijo só é considerado parmesão, ou Parmiggiano Reggiano, se for produzido nas cidades/províncias de Parma, Reggio Emilia, Modena, Bologna e Mantova.

Esse queijo, e o nome dele, é protegido pela certificação DOP e qualquer outro queijo produzido do mesmo jeitinho, com os mesmos ingredientes, mas fora dessas regiões, será apenas “tipo” parmesão.

Mas o que é o DOP? A seguir explicaremos três das certificações mais vistas nas embalagens dos produtos italianos, e de outros países também, que garantem sua qualidade, mas que na maioria das vezes a gente não sabe o que significa ou parou para prestar atenção nelas.

DOP – Denominazione di Origine Protetta (Denominação de Origem Protegida)

Essa certificação, assim como a IGP e STG, são concedidas pela União Europeia a produtos desenvolvidos na área do bloco.

Produtos com essa sigla são elaborados em uma região específica, a qual tem influência determinante nas características essenciais e qualidade daquele produto.

A região pode influir nos atributos de um produto devido a seu clima e outros fatores naturais ou técnicas artesanais específicas por exemplo, deixando-o com traços únicos, que não podem ser imitados com exatidão em outra parte.

Na Itália, 167 produtos como embutidos, azeites e queijos têm essa marca.

Dos DOP mais conhecidos, e cidades/províncias onde são produzidos, estão:

Aceto balsamico tradizionale di Modena (vinagre balsâmico de Módena) – Modena

Gorgonzola (queijo) – Alessandria, Bergamo, Brescia, Como, Cremona, Cuneo, Milano, Novara, Pavia, Vercelli

Grana Padano (queijo) – Alessandria, Asti, Cuneo, Novara, Torino, Vercelli, Bergamo, Brescia, e mais outras 20.

Mozzarella di bufala campana (queijo) – Benevento, Caserta, Napoli, Salerno, Frosinone e outras 4.

Pecorino romano (queijo) – Frosinone, Grosseto, Latina, Roma, Viterbo, Cagliari, Nuoro, Sassari

Pistacchio verde di Bronte (pistache) – Catania

Prosciutto di Parma (presunto cru) – Parma

IGP – Indicazione Geografica Protetta (Indicação Geográfica Protegida)

Embora esse selo também seja concedido a produtos que dependem de uma região geográfica específica para dar certas características únicas a um produto, o IGP não exige que todas as fases de produção sejam executadas naquela região, basta uma delas. Por exemplo, um queijo preparado em uma região pode ter como matéria prima um leite que não seja de lá.

São cerca de 130 produtos que levam esse selo na Itália. Entre os quais:

Mortadella Bologna – Modena, Parma, Piacenza, Ravenna, Reggio Emilia, e outras 45

Speck Alto Adige (presunto cru) – Bolzano

Burrata di Andria (queijo) – Bari, Barletta-Andria-Trani, Brindisi, Foggia, Taranto, Lecce

STG – Specialità Tradizionali Garantite (Especialidade Tradicional Garantida)

Essa certificação é atribuída a produtos elaborados de acordo com uma certa receita tradicional original ou método de produção específico. A região em que é produzido, nesse selo, não é importante.

A Itália possui 3 especialidades com esse selo. São elas, a mozzarella, a pizza napoletana e a amatriciana tradizionale (molho feito à base de tomate, pancetta e queijo pecorino).

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